O bairro Confisco, na região Norte de Belo Horizonte, recebeu o tratamento de projeto Zona 30, que limita a velocidade para veículos, em vias locais, a 30 km/h, dando prioridade a quem anda a pé, de bicicleta ou tem mobilidade reduzida. O desenho do projeto foi desenvolvido pela arquiteta Janaína Amorim, em parceria com o Instituto Wuppertal e a BHTRANS, com o objetivo de estimular a convivência segura entre modos de deslocamento, reduzir a velocidade dos veículos e aumentar a sensação de segurança dos pedestres e ciclistas que circulam pela área. O desenho propõe a execução de uma extensão sinuosa da calçada com cores expressivas ao longo de aproximadamente 140 metros na rua K e 50 metros na rua Marcelo Guimarães, visando tornar as vias mais calmas e alegres de forma que os veículos motorizados se desloquem mais devagar e permitindo, assim, que os pedestres tenham mais espaço para se apropriar da via. O tratamento sinuoso na rua K começou a ser proposto no início do quarteirão onde se localiza a escola, como forma de acalmar o fluxo de veículos antes do acesso dos alunos à escola. Ainda foi proposto o tratamento das 4 interseções com a implantação de travessias de pedestre, e em algumas esquinas, o acréscimo da calçada com pintura.

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Devido ao acesso principal de alunos ser na rua K, foi pensado nesse ponto, uma extensão longitudinal maior da calçada para contribuir ainda mais para a segurança e conforto dos alunos. Em frente ao acesso dos alunos foi proposto também travessia de pedestre para facilitar e proporcionar maior segurança para o caminhamento e atravessamento dos alunos. Nesse trecho ainda da Rua K, também foi proposto inscrição no pavimento de “Devagar Escola” e regulamentação de estacionamento para vans escolares que necessitam parar próximo à escola.

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Para a Rua Marcelo Guimarães, como forma de estimular a redução da velocidade e criar uma ligação entre a praça do Confisco e a escola, foi proposta uma extensão mais larga da calçada que faz divisa com a escola, visto que a via nesse trecho é mais larga e permite essa possibilidade, preservando o trecho em mão dupla. O estacionamento de carros foi suprimido, dando espaço a maiores áreas de pedestres e permitindo uma melhor conexão da escola com a praça.

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Os desenhos foram feitos de forma lúdica, baseados nos trabalhos realizados com as crianças da escola. A intervenção foi realizada nas ruas do entorno da Escola Municipal Anne Frank. A montagem com redesenho da geometria das vias, pinturas e plantio de vasos, recursos conhecidos como “urbanismo tático”, levaram mais segurança para pedestres e ciclistas, em especial para os alunos da escola.

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A ação, coordenada pela Prefeitura, por meio da BHTRANS, contou com a participação dos alunos do programa Escola Integrada, secretarias da Prefeitura de Belo Horizonte, associações ligadas à mobilidade sustentável, moradores e voluntários. O instituto Wuppertal, da Alemanha, que lançou em 2019 o projeto “Ambientalízate!” também foi parceiro da ação. Tal projeto, feito para apoiar cidades parceiras na América Latina com ações de sustentabilidade, foi o que viabilizou a intervenção através do Urban Pathways Project.